03 setembro 2010

...e o futuro deles é hoje


Para o progresso de Moçambique precisamos de trabalhar, se não trabalharmos caminharemos para trás.
(Joaquim Eugénio Pires - 4ª classe)

Toda a gente vai trabalhar cultivar as plantas para nós comermos.
(António Muiocha - 2ª classe)

Não vamos fazer como o governo de Salazar e Caetano de se sentar na cadeira e os outros trabalharem. Vamos todos trabalhar.
(César Alfredo Muchanga - 4ª classe)

É neste novo espírito que vamos trabalhar estudar e ter vigilância, não ter medo da polícia.
(Júlio Silvano Chemane - 2ª classe)

in As Vozes do Futuro, Revista Tempo, edição especial da Independência
República Popular de Moçambique, Junho de 1975.

3 comentários:

Ana Paula Sena disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Paula Sena disse...

É admirável a esperança e o espírito positivo destes jovens!

Merecem bem a homenagem que o Paulo lhes fez.

Hoje, serão adultos e, certamente, a sua luta está longe de ter terminado. Agora, a sua esperança só pode ser a de que a mesma coragem (e o mesmo desejo de laborar) domine a vontade de viver da nova geração.

As enormes desigualdades sociais que caracterizam hoje Moçambique não lhes darão tréguas fáceis.

Paulo disse...

Ana Paula, obrigado. É um combate de várias gerações, sem dúvida. O que custa ver é os "aproveitadores" que cavalgam nas esperanças e nos sonhos de um povo e o mantêm na mesma miséria indigna.