06 outubro 2010

As estatísticas da educação têm sempre nomes


«movies and stories are not just entertainment, but are there to transform people and to do good in the world.» - Davis Guggenheim

Este é o trailer da obra vencedora do Sundance Festival nos Estados Unidos, cujo conteúdo é centrado no sistema educativo norte-americano e nas desigualdades abissais que o caracterizam.
 
( se lhe interessar, leia mais aqui e aqui )

2 comentários:

A disse...

Este post é bastante interessante. Na verdade,em relação a este assunto, a ideia com que tenho ficado das crianças até aos 11/12 anos é a de que (à semelhança dos miúdos do filme) elas têm resposta à pergunta: «O que queres ser?».

Todavia, no que diz respeito aos adolescentes e jovens adultos, muitas vezes, o resultado é diferente: «Não sei.»/«Sei lá!»/«Depois, logo se vê.».

Fico com a sensação de que muitos destes/as homens e mulheres de amanhã se limitam a assistir à vida, como se de um «videojogo» se tratasse...

O sistema educativo (tal como o sistema de saúde, etc...) norte-americano não é exemplo para ninguém. Mas permanece essa lógica do acaso no acesso à educação (relativamente ao "exemplo" que a C. refere) e também na (falta) ambição dos nossos jovens.

Gostei muito do post. Peço desculpa pela extensão do comentário.

C. disse...

Austeriana,

Os seus comentários - grandes, pequenos, assim-assim - são sempre bom-vindos:-)

Concordo inteiramente consigo - são raros os adolescentes e jovens (e convivo com imensos)que conseguem perspectivar um futuro concreto, uma coisa concreta para fazer na vida, quando sairem da escola. Claro que a falta de perspectivas é cada vez mais o reflexo da instabilidade que se vive. Mas não é só por isso, creio. Não há, num número significativo de jovens, qualquer desejo ou manifestação de pró-actividade. Antes pelo contrário: vejo-os literalmente adormecidos e muitas vezes incomodados quando se lhes pede movimento e acção. Tudo é um aborrecimento.
Claro que há excepções e muitas, também. Mas a franja de zombies "ados" é preocupante. Não têm brio, não se alegram com as pequenas conquistas, não são resilientes e pouco ambicionam, de facto.
Mas não falham aos castings para as séries de TV.
São também fruto do tempo em que aqui chegaram.

Um abraço