Preconceito, intolerância, violência, mais preconceito, intolerância, violência.
Na Europa ou em África. Na escola, no deserto e na oficina.
Estes são alguns dos elementos que compõem o quotidiano do mundo actual, onde se cruzam as pequenas tragédias individuais e domésticas, que não chegam a ser notícia, com as devastadoras calamidades que enchem os noticiários e a “boa consciência” dos países ricos.
No filme de Susanne Bier, a origem, o ponto de partida é o mesmo: a intolerância. Ela é a presença constante em todos os conflitos da narrativa.
Um dos protagonistas é, aliás, levado a combater a (mesma) estrutura mental dos déspotas em África num ambiente de absoluta carência e na sua pequena e confortável cidade dinamarquesa. Apenas muda a escala.
Em UM MUNDO MELHOR (Hæven) está o retrato rigoroso e adequado do lugar onde vivemos.
Com uma realização muito segura, uma deslumbrante fotografia e uma música fantástica.
1 comentário:
Grato pela recomendação
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