Piazzolla faleceu a 4 de Julho de 1992, com 71 anos.
Foi o compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX.
Tinha uma sólida formação musical e, nos anos 60, inovou o género contra as correntes mais conservadoras que o consideravam coisa intocável. Piazzolla introduziu-lhe influências do jazz e outros ritmos urbanos, deu-lhe modernidade, dessacralizou-o e fez com que fosse apreciado e tocado pelas jovens gerações de músicos.
Associou de forma criativa o tango à poesia e à arte contemporânea em geral, tornando-o indissociável da fascinante cidade de Buenos Aires.
Amelita Baltar, que foi casada com Piazzolla, tem, no clip que aqui deixo, uma fantástica interpretação de Balada para un Loco, texto de Horacio Ferrer (poeta que compôs letras de muitos tangos de Astor Piazzolla) onde se sente toda a magia de Buenos Aires na força de um tango.
Las tardecitas de Buenos Aires tienen ese no sé qué, ¿viste?.
Salís de tu casa, por Arenales .
Lo de siempre: en la calle y en vos...
Cuando de repente, de atrás de un árbol, me aparezco yo.
Mezcla rara de penúltimo linyera y de primer polizonte a Venus:
medio melón en la cabeza, las rayas de la camisa pintadas en la piel,
dos medias suelas clavadas en los pies y una banderita de taxi libre
levantada en cada mano. ¡Te reís!...
(...)
2 comentários:
Assisti com grande emoção ao último espectáculo de Piazzolla, no Coliseu de lisboa e a "milonga loca" é a minha favorita! :))
Tudo o que se possa dizer sobre este músico-compositor é pouco...
Único.
Austeriana, obrigado. Acho que Piazzolla desencadeou um movimento de renovação do tango que o trouxe até aos jovens, sem perder o seu conteúdo, mas assumindo uma modernidade espantosa (Gotan Project, Bajofondo...). É único, sim.
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