Uma traineira portuguesa, azul, enrola um bocado do Atlântico.
Bem ao longe, um ponto azul, mas eu estou lá - onde seis homens
a bordo não veem que nós somos sete.
Assisti à construção de um barco destes, parecia um alaúde enor-
me sem cordas
na ravina de pobreza: a aldeia onde lavam e lavam sem parar, com
fúria, paciência, melancolia....
Tomas Tranströmer, 50 Poemas, Relógio D'Água, 2012
(Tradução Alexandre Pastor)
Foto: C.
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