Sous ces marbres rompus ces membres dispersés;
Cent mille infortunés que la terre dévore,
Qui, sanglants, déchirés, et palpitants encore,
Enterrés sous leurs toits, terminent sans secours
Dans l'horreur des tourments leurs lamentables jours!
Aux cris demi-formés de leurs voix expirantes,
Au spectacle effrayant de leurs cendres fumantes,
Direz-vous: "C'est l'effet des éternelles lois
Qui d'un Dieu libre et bon nécessitent le choix"?
Direz-vous, en voyant cet amas de victimes:
"Dieu s'est vengé, leur mort est le prix de leurs crimes"?
Quel crime, quelle faute ont commis ces enfants
Sur le sein maternel écrasés et sanglants?...
Voltaire, Poème sur le désastre de Lisbonne (1756)
Em cerca de um minuto, a destruição, o terror e a morte. A somar à miséria extrema, à fome e à SIDA endémica, esta tragédia que, segundo alguns, poderá chegar aos 500.000 mortos.
Os comentadores na TV, à distância, dizem que havia factores negativos: um epicentro muito próximo da costa e a miséria em que vive o povo do Haiti.
Nada como ter uma saúde de ferro, dinheiro a rodos, muita sorte e epicentros distantes.
2 comentários:
Uma aflição. Um desespero. Uma grande sensação de impotência... Queria tanto de poder ajudar.
Austeriana, terrível, de facto. Acresce a percepção de que são sempre as pessoas que já sofrem no quotidiano provações sem fim que são atingidas por estes castigos sem nome.
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