14 maio 2010

Começo por pedir desculpa aos portugueses (diz este agora)


Dificilmente encontramos em qualquer período histórico do País um momento onde a hipocrisia, a subserviência e a colaboração dos dirigentes políticos com o saque, interno e externo,  seja tão  óbvio como este.
Cada vez mais a questão da possibilidade de exercício do poder por parte dos cidadãos através do voto está posto em causa. Sistematicamente, temos a percepção de que os centros de decisão política nos são alheios e de que aqueles que os cidadãos elegem para seus representantes são meros executantes de interesses obscuros.
Temos agora dois, em vez de um, a quererem dizer-nos o que fazer. Desdizendo hoje (ambos) tudo o que ontem afirmaram. Culpando-nos  - a nós - de estarmos a pagar um preço  por todos os abusos, trapaças e falcatruas que eles (os dois) fizeram e vão continuar a fazer.
Apenas porque os deixamos. 

Foto Diane Arbus

4 comentários:

Keila Costa disse...

E as histórias se repetem dos dois lados do Atlântico...Beijo

momo disse...

lo cierto amigo... es que al estar tan cerca nuestras orillas, parece que vamos siempre emparjaditos con los problemas, porque también nosotros estamos en un momento.... fino
un abrazo

Silenciosamente ouvindo... disse...

Concordo em absoluto com este seu
texto.Um abraço/Irene

Paulo disse...

Keila, sem dúvida, com mais ou menos proximidade, as coisas têm modelos e padrões que se repetem em todas as latitudes. Beijo.

momo, é verdade, vamos a par, nos enganos, nas mistificações e nas misérias. Abraço.

Irene, obrigado pela participação. Infelizmente os dias têm trazido mais elementos que sublinham o que escrevi. Há agora a constatação da completa marginalização do parlamento, passando as decisões a ser aprovadas por 2 indivíduos que assumem (perante a passividade geral)um mandato para decretar medidas que ninguém referendou, duma forma absolutamente abusiva.
Abraço