15 agosto 2012

Canção


O que te canto à tarde
Nos dias do aloendro
São duas gotas
Precisas
Nos  dias  que andam
chovendo

O  que te canto à tarde
Nos   dias do aloendro
É  um tempo exacto
E denso
Nos  dias  que   vão
 nascendo

O  que te canto à  tarde
Nos  dias   que vão
passando
É  um pulo  vadio  na geometria
das  noites
Nos  dias do aloendro

 



3 comentários:

Paulo disse...

Lindo poema, com uma belíssima musicalidade. Parabéns.

MJ FALCÃO disse...

Gostei desta poesia "o dia do aloendro..." - que é um modo de dizer alentejano, não é?
o falcão

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

Muito obrigado pela leitura , MJFalcão. Os seus comentários são um incentivo . O aloendro dá uma flor bonita, e,claro reenvia-me sempre para o Alentejo, quando florescem no verão na cidade.
Obrigado
José R Marto