12 maio 2010

Sobre difícil compreensão da (i)realidade


Todos nós começamos pelo "realismo ingénuo", isto é, a doutrina de que as coisas são o que parecem. Pensamos que a erva é verde, que as pedras são duras e que a neve é fria. Mas a física assegura-nos que a verdura da erva, a dureza das pedras e a frieza da neve não são a verdura da erva, a dureza das pedras e a frieza da neve que conhecemos  pela nossa experiência, mas algo de muito diferente.

Bertrand Russell, An Inquiry into Meaning and Truth
Foto: Microcosm,   Miao Xiaochun

6 comentários:

Mar Arável disse...

Há até pedras que voam

no coração dos pássaros

Bj

César Ramos disse...

Dado o adiantado da hora, talvez precipite uma ideia despropositada; mas... lembro o meu querido professor Dr. Carreira, quando nos dizia:
"As coisas não se pintam da cor que são, mas da que ficar melhor!"

Leccionava a disciplina de Desenho que, hoje parece ter outro nome!

É uma questão de jeito para dar bom uso ao lápis, ou ao pincel!

Boa madrugada...

César

experimental disse...

Olá Paulo,
Não conhecia esta versão do «Jardim das Delícias» de Jeronimus Bosch, está muito interessante. Também me custa compreender essa (i)realidade, mas talvez não seja para compreender, a vida é feita do real e do irreal, em cada um vê ao seu modo!
Um abraço,
Nela

Keila Costa disse...

E a realidade existe? Não seria ela apenas um lapso, um momento que se esvai, e fica o sentimento do irreal...?!Abraço grande

Paulo disse...

Mar Arável, também, por vezes, nos chegam falcões com sorriso de pomba. Abraço

César, uma questão de jeito...ou de olhar. Bons dias!

Nela, concordo, tem tudo a ver com a forma como o nosso olhar olha.
Abraço

Keila, talvez não haja uma, mas várias realidades. Tudo depende de quem olha.
Abraço

Milhita disse...

O essencial será sempre invisivel aos olhos, mesmo depois de vermos no verde uma parcela de arco iris, na rigidez das pedras, a suavidade dos contornos e na frieza da neve, o calor nas nossas faces.
Gostei deste sitio, tem mais que palavras.