Era assim a inocência feita de luz
nas cores primeiras da nossa infância
o azul de sempre e o branco total
em todas as coisas o tempo tardava
O som do restolhar dos passos na rua
os barcos pousados na lenta manhã
uma voz anuncia vento norte
ao rez do sonho desfeito e breve
um nó de brisa escorre dos dedos
nas pedras breves na carne dos dias
na frescura das águas adormecidas
5 comentários:
Onde se lê "pedras breves" dverá ler-se "pedras leves", Paulo. Beijinho.
Outra coisa, com as minhas desculas, o quadro é da autoria de Rosa Nihues.
... e há uma luz branca que perfura a vida e arrasta os barcos para o mar.
... quando quer recolher-se no cais, quantas vezes já só consegue encontrar memórias?
Que bonito, Clara! "as cores primeiras da nossa infância" - se elas vêm à memória de em forma tão vívida, que mais se pode querer desse tempo?
Beijinho grande
Obrigada, beijinhos, beijinhos.
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