23 dezembro 2009

...porque a única verdade é que vivemos

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« [...] coisas como o sentido da vida, a busca de uma transcendência, a morte e a passagem do tempo, o conflito das gerações e por aí fora, não têm mais importância do que pôr e tirar o chapéu, beber um copo de água, fumar um cigarro, dar uma gorjeta, colher uma flor ou coçar o nariz. A vida passa-se a todos os níveis e porventura mais nos que não conseguimos nomear. Ninguém vale mais que o outro, tudo conta e de tudo depende cada destino. Cada silêncio tanto como o que se diz. O infinitamente grande só se vê com um microscópio. Porque a vida é assim. [...]
Eu ainda choro com esta sensação de vida. Ainda não desisti de ser apaixonado. Já sinto passar o tempo, mas ainda não quero chegar à idade da sabedoria. »

Luís Miguel Cintra
Foto de Stefano Corso
* John Firmin - Harlem Nocturne

4 comentários:

Ana Paula Sena disse...

Um tópico de leitura excelente, C.
...e uma música magnífica!

Eu acho que nunca vou chegar à idade da sabedoria :) Só se for assim um bocadinho... Antes do mais, vive-se o que se pode saber (?).

Feliz Natal! Com tudo de bom, para si, Paulo e Clara num excelente Marcas d'Água!

Um abraço.

via disse...

o luis miguel disse isto a propósito de tchécov, da gaivota, e faz todo o sentido.bom natal.

Ricardo António Alves disse...

Feliz Natal <:)}

Ana Paula Sena disse...

Um Feliz 2010, C.!

Grata por toda a partilha, deixo um abraço :)