A suave mão da ausência
A casa está cheia de ti
não apenas os retratos os recantos
os quadros
não apenas os objectos onde
roça ao de leve
a suave mão da tua ausência
Mas aquela luz que trazias dentro
e deixavas de passagem
nos seres e nas coisas.
Talvez agora mores entre as estrelas.
Mas brilhas
intensamente brilhas dentro da casa.
Manuel Alegre
com o tempo nada se escreve
a não ser
as vogais do silêncio
2 comentários:
...e as vogais do silêncio falarão ainda. Para podermos resistir à usura dos dias.
Bela escolha, Clara.
Xi-coração.
E nas ausências perduram os aromas do que não desejámos sentir partir. Por isso elas e eles continuam a brilhar onde quer que estejam, mas também em nós.
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