(19/01/1923 - 13/06/2005)
(para o Eugénio, onde quer que esteja, pelo muito que me ensinou)
Onde a vocação da luz
fez a brancura às casas,
onde a voz abriu
a planície ao verão
e o gesto se adivinhou
(espessa a erva
sobre o chão),
onde as palavras da noite
se pediram mais e belas,
aí eu queria estar
nativo anterior a mim
oferecendo-me às estrelas.
* Keith Jarrett - Somewhere over the rainbow
7 comentários:
Lindo, tudo. Parabéns.
Subscrevo!
Obrigada.
LM
posso juntar-me a esta homenagem?
é que mais uma vez sinto afinidade. nas palavras e nas notas musicais :)
íssimo!
Muito bonito...
Homenagem sentida e justa...
Obrigada por este momento de poesia.
CM
um grande gosto o poema , a música do K. Jerret, justa homenagem a tua ...
abraço
________ JRmarto
e eu que me esqueci... bem, a verdade é que não me esqueci, mas acabei esquecendo. peço desculpa. parabéns atrasados. e fica a saudade (antecipada) das palavras e dos actos. da poesia que não morre mas prolifera onde quer que haja quem se lembre dela.
um grande abraço, pode ser?
Paulo S. Mendes
Ai, amigos, tanto aplauso generoso sabe bem e deixa-me sem jeito. Era um poema esquecido desde que o Eugénio faleceu. Um tributo pela memória que tenho dele e dos tempos da abertura da Fundação. Enfim... O que importa mesmo é que ele nos deixou uma obra que fará parte da nossa memória colectiva, e isso conta, sim. Com uma maneira original de falar de mundo e de poesia.
Paul(inho)! Regressaste às bases?! Obrigada pa lembrança. Coisas dessas vêm sempre a tempo. Abraço grande, claro que pode ser:)
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