13 setembro 2009

A distância entre as coisas



Não tece a tela
Não fia o fio
Não espera
Por nenhum Ulisses

Às portas do sangue
O herói adormecido
Agora está deitado
Ao Polifemo abraçado
Seu próprio satélite forçado

Há um intervalo nímio
Nas coisas
Que entre si independem.

Ana Hatherly, A Neo Penélope, &etc 2007

Fotografia de Paulo

2 comentários:

Marta disse...

belo poema, Paulo. E imagem.







nota: é favor levantarem o mimo que há lá no meu planeta, para o MARCAS :) e...gostava muito que cada um - Clara, C. e Paulo - espondessem às perguntas...pode ser?

Bruce disse...

Podemos retirar tanto destes pequenos versos...

Aquele poema que se transforma com um olhar é o que mais tarde recordamos.