demorar os dedos na chávena quente do café,
pôr a música a tocar em preto-e-branco, criar a sintaxe do dia.
entrar pelo avesso numa velha camisola, e aquecer-se
à luz diagonal e extensa de uma janela comovida.
na melodia, fazer-se em novelo, embrulhar-se em rebuçado,
o queixo sobre os joelhos, o livro fechado.
toda a carícia devia ser
qualquer coisa como isto.
pôr a música a tocar em preto-e-branco, criar a sintaxe do dia.
entrar pelo avesso numa velha camisola, e aquecer-se
à luz diagonal e extensa de uma janela comovida.
na melodia, fazer-se em novelo, embrulhar-se em rebuçado,
o queixo sobre os joelhos, o livro fechado.
toda a carícia devia ser
qualquer coisa como isto.
mão de caligrafia inclinada
C.
2 comentários:
» criar a sintaxe do dia» !
com »mão de caligrafia inclinada !
Não sei o que dizer-te, gostei de me ir surpreendendo verso a verso , nesta arte de imagens tão tua !
Marcas d´agua é um nome para um blogue muito bonito, para um livro também ...
Abraço !
__________ Zé
Só li hoje, ao folhear o vosso blogue e achei lindo. "demorar os dedos na chávena quente do café...", só podia ser teu, C.
mmanuel
Enviar um comentário