Numa pesquisa de material interactivo sobre fonologia, dei de caras com uma página do site da dgidc, do ministério da educação. Na descrição das actividades (para os três ciclos do ensino básico...?! Os três ciclos?!) pode ler-se na referida página:
(...) Estes enunciados orais são habitualmente compreendidos devido à entoação e às pausas, feitas pelo locutor quando produz as frases, ou devido ao contexto em que as frases são produzidas.
As frases homófonas foram escolhidas em Goês, A. (2003), Aliás voltas sempre / Ali às voltas sempre – Jogos com a Língua Portuguesa. Lisboa: Ed. Replicação. Trata-se de pares de frases que se comportam como as palavras homófonas: são pronunciadas da mesma maneira, mas têm grafias e significados distintos. Funcionam também como jogos fonológicos e sintácticos com implicações directas na alteração do valor referencial das palavras, portanto das classes a que pertencem, e no plano da semântica da frase.
(...) Estes enunciados orais são habitualmente compreendidos devido à entoação e às pausas, feitas pelo locutor quando produz as frases, ou devido ao contexto em que as frases são produzidas.
As frases homófonas foram escolhidas em Goês, A. (2003), Aliás voltas sempre / Ali às voltas sempre – Jogos com a Língua Portuguesa. Lisboa: Ed. Replicação. Trata-se de pares de frases que se comportam como as palavras homófonas: são pronunciadas da mesma maneira, mas têm grafias e significados distintos. Funcionam também como jogos fonológicos e sintácticos com implicações directas na alteração do valor referencial das palavras, portanto das classes a que pertencem, e no plano da semântica da frase.
Valha-nos o facto de não ter sido este (abaixo) o exemplo de exercício escolhido para a referida página ministerial.
Mas se os jogos fonéticos atiçarem a curiosidade de alguns infantes, e criarem neles o gosto pela poesia (o que está certíssimo), temo-los à pega. Parece que estou a vê-los, na aula, aos cochichos: ó pá, olha-me para este verso!!! Bué da kurtido! tá no livro, tá lá. É que... omitir as fontes é desonestidade intelectual.
Corrijo, sempre é melhor.
Cu rijo sempre é melhor…
Coxeio, dói-me!
Cu cheio dói-me…
Ecológico
É cú, lógico!
Ela nem sequer o comove…
Ela nem sequer o cu move!
Mas que cozinho, lá isso é verdade…
Mas que cuzinho, lá isso é verdade!
No cume cheira.
No cu me cheira!
Nunca o coagiu assim…
Nunca o cu agiu assim!
Nunca tive comadre…
Nunca tive cu, Madre!
O meu corresponde mal…
O meu cu responde mal!
Quando o comanda…
Quando o cu manda…
in Aliás voltas sempre - Ali às voltas sempre, de Ana Goês, Ed. Replicação
Mas que a autora está atenta, e maneja bem as virtualidades da língua portuguesa, lá isso é verdade, e o livro vale a pena. A começar pelo título.
1 comentário:
Parabéns,este texto é o máximo, até fiquei..co movida!
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