25 outubro 2009

A Ver Navios



Estava eu a ver navios, em frente ao Tejo. Olhei o céu, muitas nuvens. Umas brilhantes, promissoras, leves. Outras plúmbeas, espessas, pesadas, mesmo assim fantásticas.
Eis o resumo de tudo, da vida, da vida e da morte, do belo, do frio, de tudo, de ti e de mim, de nós.
Se formos ver, analisar, testar, é apenas água,tão somente, e ar, ilusão, sonho, pesadelo, esperança,tristeza,sorriso.
Por muito que se pense, se escreva, se polemize, estamos todos ali, somos essa dualidade,fazemos parte, diluídos nesse imenso desconhecido.

4 comentários:

Paulo disse...

... e é, justamente,esse o encanto que existe na vida: partir dessa "simplicidade" para a construção duma rica e complexa teia feita de sonho, emoção e a inesgotável beleza de todos os sentires.
Suspensos, sempre, na simplicidade inicial.

C. disse...

Um pensamento bonito, Clara. O que prova que nem sempre que ficamos a ver navios, estejamos apenas a vê-los passar.

:-)
:-)

Beijinho

poematar disse...

De facto não somos muito mais do que isso "(...) ar, ilusão, sonho, pesadelo,esperança,tristeza,sorriso". Parabéns pelo seu espaço. Dê um saltinho ao meu. Tudo de bom.

clara disse...

Pois, Paulo, C., Poematar, o indizível que tanto nos diz.
Poematar, vi o seu blog, gostei, parabéns.