De manhã abriu os olhos e viu os narcisos amarelos ainda frescos. Pensou nele.
Fora embora, deixando um rasto de mistério.
Fora embora para o seu castelo e podia imaginá-lo a brincar com smarties coloridos, ou a navegar por um mar de teclas e de sites, esses brinquedos.
Fechou a porta devagar.
Ele a brincar com teclas coloridas, ela construindo histórias de princesas, sentada numa nuvem, balouçando os pés e rindo muito, quando olha para baixo e vê o mundo-a-sério, cheio de seres a pensar que vivem, muito atarefados e plenos de certezas.
Eles, pelo contrário, não existem.
São pássaros azuis que voam na noite.
3 comentários:
Claro que existem! Vejo-os sempre, quando à noite o céu está limpo. Muitas vezes vêm dos lados do mar.
Lindo, o teu texto.
Obrigada.
Esses pássaros africanos existem e só voam de noite.
Houve em tempos um guerrilheiro, em África a que o povo chamava Matubera-o homem que não morre!
Texto Matubera, isto é muito bonito , visual mesmo !
abraço matubera, grande !
________ JRMARTO
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