19 março 2009

Vasa


Vasa Museum

Era uma vez um rei. Chamava-se Gustavo Adolfo (1594-1632) e reinava num pequeno e pobre país do Norte da Europa. A Suécia, era o País, e, durante o século XVII, sob sua influência, passou de "pequeno país "a grande potência regional no Báltico.

A Guerra dos 30 anos (1618-1648) começou por ser um conflito religioso (localizado à Alemanha) entre a Igreja Católica e o movimento da Reforma. Entretanto surgem conflitos "laterais", um dos quais a guerra entre a Polónia e a Suécia (1626-1629) e é no decurso desta que se dá um episódio com expressão na actualidade.

O rei Gustavo Adolfo encarrega o seu maior estaleiro de construir o melhor barco de guerra alguma vez ali feito: longo, estreito e rápido como nenhum. Capaz de transportar 300 soldados. Por imposição do rei, a meio da construção, houve indicação para duplicar o poder de fogo, passando a 64 canhões. No dia 12 de Agosto de 1628 a população de Estocolmo e os embaixadores estrangeiros assistiam, nas praias, à viagem inaugural do Vasa.

Após sair do Porto o navio fez uma saudação com uma salva de tiros de canhão. Alguns segundos depois, o barco começou a inclinar-se para um dos lados sob a força do vento e, rapidamente, a água entrou no interior através da janelas dos canhões. O afundamento deu-se em poucos minutos, ficando o navio enterrado no lodo a mais de 30 metros de profundidade.
Em 1957 iniciaram-se os trabalhos de escavação submarina para trazer o Vasa à superfície. O trabalho ficou concluído em 1961 e o resultado está hoje patente num dos mais fascinantes museus do mundo.
O barco está agora reconstruído com todo o detalhe após um laborioso trabalho de pesquisa e reconstrução.
A história regista também que o rei ordenou um "rigoroso inquérito" às causas da tragédia. Concluiu-se que o excesso de peso decorrente da imposição (real) para colocação de mais armas fora determinante mas, quanto a apontar responsáveis, o inquérito foi "inconclusivo"...

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