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Não há na pintura de Lúcia Maia marcas de aleijões, distorções, caricatura, antes de uma busca incessante de harmonia, de beleza, numa palavra de Sonho. Mesmo quando tem uma pedra no meio do caminho, não há agressão, muito menos revolta. Há antes um contornar, que é compreensão. Uma ave, na amplidão do azul, de asas distendidas,deixa um rasto de solidão, mas, simultaneamente, uma mensagem de infinito. De liberdade. A casa da infância, no esfumado dos tons diluídos em água serena, diz afecto e diz mágoa. Mas mágoa escorrida,contida, que é emoção. Angústia ultrapassada, talvez.
E assim, as duas facetas a terrena, humana e a da evasão criadora se harmonizam na magia da comunicação.
Apetece pegar na velha frase metafórica e pô-la como legenda na obra de Lúcia Maia: tem raízes e tem asas como as árvores cobertas de ninhos".(Cecília Sacramento -1993)
Começa hoje, em Coimbra - Edifício Chiado - onde vai ficar até 27 de Junho a exposição de Lúcia Maia, Momentos de Percurso.
Façamos, pois, os nossos percursos cruzarem-se com os de Lúcia.
3 comentários:
Fui à inauguração . Muita gente, no Espaço Chiado.
Uma boa síntese.
Gosto muito da pintura da Lúcia Maia. As cores, a organização do espaço, o 'layout' final.
Olha, não pude ir à Inauguração, mas disse à Lúcia.
Asuntos no Museu de Marinha, no mesmo dia e hora, impediram-me de estar. Imagino seja boa, como as que já visitei.Bjs.
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