
nascido assim, ali, na roca, o fio,
e que gire no fuso para dentro do que fica pronto,
e vá até ao fim o trabalho que brilha,
o toque transitivo,
que a luz se mova nas pupilas,
e se ficares cego é para veres tudo unido,
escuta então como te chamam pelo nome
daquilo que te cerca,
mas não acumules nada,
amaina o fio bravio quando irrompe
e,
pálpebras cerradas,
sente com estremece tudo, o centrípeto e o centrífugo,
e morre de ti mesmo
Herberto Helder, in A faca não corta o fogo (Assírio & Alvim 2008)
1 comentário:
para se sentir.
muitíssimo.
Enviar um comentário