Vens do grego em sofrimento
e dominas sem pesar
o nosso instante sereno
Fundamentas os silêncios
serotoninas o ser
em transtornos possessivos
Desarrumas a vontade
idealizas cenários
paralizas toda a gente
Pathos pathos somos nós
contribuintes proteicos
da tua verliebtheit
Projectas passividade
narcisas comportamentos
idealizas o ego
E quando no fim nos deixas
extenuados desfeitos
vais bater a outra alma
Abandonados neuróticos
descobrimos finalmente
que te chamavas
Paixão
2 comentários:
Fantástico (apaixonante!).
E disseste tudo! :-)
Está lá tudo! :-)
As paixões (de qualquer tipo)dão uma força incrível e fazem-nos crer invencíveis e imortais. Fazem avançar o mundo. Depois... porque não são eternas, e porque inteligentemente aprendemos isso, são elas que acabam por nos ensinar a razão.
Ensinam-nos que a vida é um jogo -fascinante, sim; mas não um sonho. Ensinam-nos a lucidez.
Parabéns pelo poema, Clara.
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