O que fizeram ao meu país?
A sério. Sinto-me perdida.
Gostava de ser militar de Abril.
A sério, apetecia-me fazer uma revolução.
Uma revolução pacífica, como a outra, com cravos , ou com rosas, sei lá, com malmequeres, com crisântemos.
Mas uma revolução, por favor, que nos devolva a esperança.
Vamos fazer uma revolução?
A sério, eu preciso mesmo.
16 comentários:
Clara, gostei do teu poema-grito de revolta.
Por enquanto não precisamos de Militares de Abril ou de Novembro. Basta que usemos bem as "armas" que eles nos legaram.
Foi bom ler o teu Poema.
Foi bom saber que mais alguém quer a revolução, pacífica, sem sangue, na ponta do nosso voto.
Zé
Precisamos sim de uma "revolução" que nos devolva:
- a honaribilidade da "palavra de honra",
- o cumprimento do contrato firmado com "um aperto de mão",
- a solidariedade com o "vizinho do lado",
- o beicinho da criança a quem dissemos "não pode ser" em vez das enormes birras de falte de educação,
- o dever de ensinar aos filhos o respeito pelo "mestre escola"
- o verdadeiro sentido de sermos "pessoas de verdade...
Hanna
Zé, Hanna, porque gostamos do País é que temos que tomar conta.
Como se faz? É também assim, com a nossa opinião.
Obrigada por ajudarem, por estarem atentos.
Se começarmos por nós, ao sermos justos e verdadeiros, já será a nossa revolução interior.
TEmos de a fazer já Clara , falta-nos pouco tempo , hoje já estamos a 20 de Novembro... Como é que vamos fazer com tão pouco tempo ? Uma semana , nem tanto !
Abraço
_________ JRMARTO
Abril já não tem militares de jeito! Aliás, no dia 26 já estaria tudo deturpado, mas não choremos sobre leite derramado...!
Deixemos a tropa para o 'paint-ball'... no estrangeiro!
A revolução é para civis armados de civismo! Não percamos a compostura; muito menos a cabeça!... a revolução é a n/atitude de não nos deixarmos enganar com a demagogia, a mentira soez, e as manobras tendentes a que a nossa terra volte ao passado!
A revolução somos nós...! E temos
de ser missionários da política, galvanizando os que acham que ela é só para políticos!
Não tarda, volta a 'conversa' de que a n/ política é o trabalho...!
Também é, mas o problema é bem mais vasto,... a demissão das n/s responsabilidades estão a conduzir-nos ao esvaziamento das almas sem ideais... e, é com eles, que a máquina andará, sem ser preciso que puxem por nós... à espera que sejam os outros a avançar!
Ainda bem que houve Poema!... é arma muito importante! e é preciso muito mais!... a poesia empolga os ânimos, é sangue das revoluções!
Não sou poeta, nem lunático! Acredito é no meu Povo, e quero muito ao Nosso País (...)
Obrigado
César Ramos
Clara,
Partilho dessa opinião de há um tempo a esta parte.
No meu blog sempre que posso procuro "apontar o o dedo" àquilo que considero ser urgente mudar.
É urgente repor valores que se vão perdendo a cada dia que passa, cada vez mais e mais. Valores como a honra, o respeito pelo outro, o respeito pela cidadania, a educação (das crianças e não só!), a dignidade, a solidariedade.
Sem guerra, sem revoluções, sem armas, com os direitos de que dispomos, lutemos pela devolução da dignidade do nossos País.
Abraço.
Zé, César, então já somos cinco.
"Venham mais cinco",dizia o trovador.
Estamos fartos de ser enrolados por telejornais e comunicados, entrevistas e comentadores.
Estamos cansados de advogados manhosos e do pântano legalista.
É preciso avisar toda a gente, porque senão, eles comem tudo.
Não costumo gostar deste género de discurso, mas no caso, não há escolha.
Obrigada pela participação.Um abraço.
A si também, Teresa, obrigada.
Sinto que fazeis uma análise errada da correlação de forças e não há nada pior para o sucesso da revolução do que uma vanguarda desligada das massas.
Creio que, enquanto vanguarda dirirgente, estais com um desvio aventureirista (ainda que legítimo, dada a vossa origem pequeno burguesa), só que a vossa pressa pode levar ao insucesso. Mas - como dizem os Deolinda - vão indo,que eu vou lá ter depois.
Agora, num tom mais sério, recoloco um texto que foi post no Marcas em 10/9/2009:
"Daqui e dali, isto é, de todas as zonas revolucionárias na história salta o ódio feroz das classes inferiores contra as superiores, porque estas tinham reservado em coutadas a caça. Isto dá-nos a medida do apetite enorme que eles, os de baixo, sentiam por caçar.
Uma das causas da Revolução Francesa foi a irritação dos camponeses porque não se lhes permitia caçar, e por isso um dos primeiros privilégios que os nobres se viram obrigados a abandonar foi este.
Em todas as revoluções, a primeira coisa que fez sempre "o povo" foi saltar as cercas das coutadas e demoli-las, e em nome da justiça social perseguir a lebre e a perdiz."
José Ortega y Gasset, Sobre a Caça e os Touros, Ed. Cotovia 2009
Ora aí está Paulo, e é como eu leio o Ortega & Gasset:
começamos a ver, com muita pena, para que "povo" foi feito o 25 de Abril. Como é difícil viver com um amor infeliz!
Paulo, estás com um discurso...direi, han...extremista? Decadentista?Han...nihilista?
Então e "Que Faire'". Mas entendo-te. Cansado da guerra.
C.Obrigada,estás incorporada neste batalhão.
À Guerrilheira Clara
Quem fez as leisinhas e leisonas que protegem as corjas? Quem está normalmente por detrás das corjas?
Quem tem nas mãos a "informação e imprensa livre" que manipula e compra a informação que devia estar em segredo de justiça e que normalmente só beneficia as corjas? Quem normalmente vai à TV e Rádio fazer de Nuno Rogeiro, digo comentadores, acabando por dar razão às corjas "porque Portugal é um estado de direito" e por isso há o direito de roubar, perdão, de corromper e ser corrompido,porque o que é preciso é cumprir a lei, normalmente aprovada ou feita aprovar palas corjas. E lá voltamos ao princípio. Leis de protecção das corjas, com milhentas vírgulas e escapes.
Mas gostei muito do que disse o Anónimo que assina Hanna. Essa é que é, juntamente com a da Clara a verdadeira revolução, das mentes e da atitude social. Sem moralismos (falsos).
Já estou a escrever demais e ainda me chamam ditador.
Beijinhos para todos
Pois é, António, também tens razão. No fundo, todos nós, com o nosso voto, ou com a nossa passividade, contribuímos,ainda que inconscientemente, para o estado de impunidade que grassa na nossa justiça e na sociedade.
Por isso mesmo te agradeço a participação, porque é urgente que se forme uma opinião pública vigorosa, a fim de alertar e obrigar a uma mudança.
Se cada um começar a tentar fazer um pouco que seja, todos juntos vamos conseguir.
Isto, é claro, se um dia não se lembrarem de silenciar ou condicionar a net, um instrumento poderoso de denúncia.
Clara,
Desculpe vir de novo a terreiro para dizer que tem mais culpa quem não participa em nada, do que quem vota!
Qualquer dia ainda teremos governos apurados em eleições com percentagens de coisa nenhuma!
Perdi a paciência! Cada vez que encontro alguém c/conversas derrotistas tipo "a m/política é o trabalho..." leva comigo em grande!
Esta é a maior corja que anda a emperrar o sistema e as instituições democráticas...! Se começarem a ser gente, penso(tenho a certeza) que tudo mudará de figura.
A Clara lembrou bem: "... como dizia o trovador"!
Calaram estas vozes e agora só se ouvem chachadas!
Cada vez mais, a receita de Salazar está à mesa: Futebol, futebol, futebol... e a Selecção (quero lá saber da Selecção se esta malta vê na Bandeira um clube e no País um Estádio!).
Venham mais trovadores... mais cinco,... cinquenta,... muitos! porque desde há muito, que é preciso voltar à rua gritar... é preciso avisar toda a gente...
Abraços
César
César, concordo, eu sempre votei, apesar de tudo, ainda é uma arma.
Mas anda um movimento na Europa pelo voto branco, no seguimento do livro de Saramago, e não só. Dizem os que defendem o não voto que é a única forma de encravar o sistema. Talvez, mas acho perigoso, abre o caminho a ditadores.
Obrigada de novo pela participação.
Gostei muito deste poema seu. Parabéns!
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