31 março 2009

CCR5-Δ32 (primeira parte)

Em Agosto de 1665 chegou à aldeia de Eyam, no centro de Inglaterra, um comerciante de tecidos vindo de Londres. A capital, de onde tinha saído com a mercadoria, estava assolada pela Peste que já tinha vitimado milhares de pessoas. Alguns dias depois, George Vicars (o comerciante) morre com os sintomas da doença.

Quando os habitantes da aldeia começam a ser atingidos pela Peste, a população reune e toma uma decisão que, sem o saber, se tornou determinante para a humanidade: decidem colocar a aldeia de Quarentena. Ninguém mais saiu de Eyam e foi proibida a entrada de estranhos durante 16 meses. No final, faleceram 260 habitantes e sobreviveram 83.
Quando os primeiros visitantes entraram na aldeia, constataram que os sobreviventes não tinham qualquer "padrão". Todos haviam contactado com gente infectada, como Elizabeth Hancock que cuidara de seis filhos e do marido - todos falecidos em dias - ou como o coveiro, responsável pelo enterramento de quase todos os mortos em quem tivera de tocar.

Mas o que teria feito com que 83 habitantes da aldeia não tivessem tido qualquer sintoma da doença (independentemente de serem jovens ou idosos, homens ou mulheres, altos ou baixos, gordos ou magros), enquanto os outros 260, exactamente com as mesmas características, tivessem adoecido e morrido? E de que forma a descoberta deste facto foi determinante para o avanço da ciência, no final do século XX?

1 comentário:

clara disse...

Lavavam as mãos?...