06 maio 2009

Nascer


Quando Nasci
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais…
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém…
P’ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe… (José Régio)

5 comentários:

Paulo disse...

lindo começo... de dia.
Bom dia!

Marta disse...

José Régio num dia especial :) aqui no Marcas!
Felicidades :)

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

este é um belo poema do poeta J .Régio, gostei de o ler aqui pela sua mão Clara !

_______ JRMARTO

clara disse...

Também gosto muito, é a visão mais humilde de um ser no mundo.O brigada pela vossa "assistência".

Anónimo disse...

Peço desculpa... Este poema não é de Sebastião da Gama, da obra "Serra-Mãe"?