03 maio 2009

Partos em Casa?


Não consigo entender esta "onda" de partos em casa.
Quando não havia meios hospitalares, os bebés nasciam no domicílio, com os riscos inerentes.Se tudo corria bem, era uma alegria, mas quantos recém-nascidos morreram por falta de assistência? Quantas mães pereceram?
Parece um retrocesso, por muito amor e higiene que tenham, estes partos são, inevitavelmente uma aventura.
Se estou enganada, digam-me porquê.

16 comentários:

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

...nascem em casa , mas com todo o equipamento necessário , e médico/a , enfermeira...

Quem dá á luz nestas condições é rico.

Nostalgias e marcas de diferenciação social.
____ JRMARTO

clara disse...

Podem ter médico e enfermeira, mas não têm aparelhos de reanimação, nem de aspiração, nem cuidados intensivos..

manuela disse...

Tenho que admitir de que há filosofias para todos os gostos. E aceitar sofrer voluntariamente 24 horas a fio quando o fantasma que sempre pairou sobre o universo feminino foi o das dores de parto, é obra de coragem.

clara disse...

O serviço nacional de saúde agradece!
Eu por mim antes queria uma ambulância parada na berma.
As mulheres estão a ficar masoquistas?

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

Oh , Clara , há pessoas que têm coisas em casa , que nem nos passa pela cabeça!
Nestas coisas é tudo bem acautelado pelos médicos assistentes aos partos !

cordialmente

______JRMARTo

clara disse...

Mesmo assim, ainda não me convenceram.
Tirando o "parirás com dor", qual a vantagem?
Imaginem um bebé que nasce com problemas e tem que ser ligado a uma máquina de reanimação. Imaginem que falta a luz-os hospitais têm geradores.And so on..
Abraço

Marta disse...

Não a convencem a si, nem a mim, Clara!
Quando for mãe, ele conhecerá primeiro o hospital e, depois, a casa, onde será muito bem-vindo :)

beijinho

elsa disse...

Não te convencem e ainda bem!
Infelizmente a informação e esclarecimento não é muito isenta e rigorosa.
Felizmente em noventa e muitos% tudo corre bem, mas pode ser o nosso que não corre e às vezes as complicações são imprevisíveis.
Mesmo na Holanda onde os partos em casa são uma tradição, as coisas estão a ser reavaliadas, porque as taxas de mortalidade são muito superiores às nossas.

clara disse...

Pois, Elsa e tu sabes do que falas.
Conheço uma pessoa que perdeu o filho, porque faltou a luz e não houve possibilidade de fazer a aspiração ,habitual nesses casos, ao bebé.
Não creio que alguém possa ter os aparelhos que existem num hospital central.
Parece-me que, uma vez mais, há pessoas a ganhar muito dinheiro com esta moda-parteiras particulares, médicos de segunda linha.

E afirmo: quem faz isto, por muito bem intencionada que seja, está a pôr a vida e a do seu filho em risco!

manuela disse...

É uma posição absurda, não a entendo. É a mística do 'natural', independentemente das consequências.

Pode haver excessos na 'medicalização' dos partos, como agora se diz, mas abdicar da limitação de riscos que a medicina trouxe a mães e bebés, é como regressar voluntariamente à era pré-penicilina e seja o que deus quiser.

Há religiões, as Testemunhas de Jeová, que rejeitam práticas clínicas como a transfusão de sangue, mas estes casos parecem-me mais um pan-naturalismo sem grande coesão.
Parece-me, sei lá.

Paulo disse...

Concordo. Em última análise há um traço de reaccionarismo muitas vezes neste "voltar ao natural". Como se todos os avanços tecnológicos fosem, por si só, maus. Claro que há que combater a excessiva "medicalização" das atitudes que se tomam ao prestar cuidados, mas isso obriga a um grande senso por parte dos utilizadores dos cuidados. Devem ser informados, exigentes e capazes de distinguir o trigo do joio. Só isso fará com que lhe sejam prestados os melhores, mais adequados e sensatos cuidados. E evitará que embarquem em todas as soluções "mágicas" que lhes surjam...

clara disse...

Além desse pan-naturalismo, julgo, haverá medo do desconhecido, medo de ir para o hospital, necessidade de mimo.
Daí que nos hospitais deverão dar outro tipo de atenção às parturientes.
Também é por aí, acho.

manuela disse...

Sim, como não concordar com os dois?, os hospitais têm que aconchegar também a alma de quem ali chega em situação vulnerável. Mas medo, medo, Clarinha, tinha eu de ter um filho 'em natureza'. Aliás, para mim teria sido fatal e lá se iria o prazer de estar aqui em amistosa cavaqueira convosco. :)))

clara disse...

Olha, este assunto é fascinante. Ontem andei a ler sobre isto e cheguei à conclusão que é mesmo um negócio-o Brasil está cheio disso!
Se até os animais por vezes morrem no parto- e estão bem perto da natureza.
Pessoalmente, tive muita sorte, fui muito bem assistida na casa de saúde pela Elsa e meu tio, médicos, claro.
O Paulo vai ser vôVõ amanhã!

manuela disse...

Ah sim!!!???

PARABÉNS, PAULO!
A senhora da boa hora vai dar uma ajudinha.

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

Ah , o Paulo vai ser avô com data marcada , já nada é como antigamente:)
Parabéns ao avó e aos pais evidentemente!
Que seja gordinho ou gordinha como se pedia antigamente:), o que queria dizer que tinha saúde.

Abraço
________ JRMARTO

________ JRMARTo