Teresa Castro D’Aire (pseudónimo de Teresa Mascarenhas) nasceu em Lisboa a 27-01-52.
Frequentou a Faculdade de Letras de Lisboa onde se licenciou e fez vários Seminários de Pós-Graduação, sempre na área da Literatura. Tem cerca de vinte volumes publicados e oito prémios literários. Realizou duas exposições de pintura individuais e colaborou em catorze exposições colectivas.
Aos 17 anos escreveu o primeiro livro - Rapsódia em Technicolor (ou meu amor anda ver a minha colecção de slides), rejeitado por trinta editoras, antes de ser premiado. Na opinião de alguns críticos, bem como da própria escritora, tratava-se de um texto muito adiantado para o seu tempo. A descobrir também Eu, Lourenço, andarilho da vida, um bildungsroman, compromisso entre conto histórico e livro de memórias, junção de que resulta uma obra insofismavelmente didáctica e exemplificadora da época Napoleónica, em que o herói Lourenço, picaresco e cheio de artimanhas, toma parte.
Eu e a maila minha senhora vieramos transanteontem da terra, inté demos lá lembranças suas à ti MariJaquina. O programa segue dentro de momentos. Segurem-me, vou passar o fim-de-semana com o Peter O’Toole! Ele namorou uma das pupilas do senhor reitor, tu namoriscaste as outras todas, que eu estou marreca de saber. Era um Rudolfo Valentino de colarinhos à raisteparta, muito cocabichinhos, é daqueles que chegaram a ser reis só com um olho, coitado, chegou todo torcido, todo chamuscado, mais parecia a madrinha, mas para comer ostras com limão, comigo ao desafio, é aquela máquina. Quem é esta avis-rara? Meia bola e força! Tenho feito umas coisas muito engraçadas com o meccano que me deste no Natal, só ainda não fiz um gato-sapato, como é que se faz? How kind of you to let me come! Viram-me nas abluções na terça-feira de pascoela? Não ligues, são as más línguas a meter o bedelho, são bocas da reacção. Singing in the rain – eram os galifões ainda em rodagem do David Mourão Ferreira. É o livro de memórias de Florence Nightingale, de forro já desbotado.
Teresa Castro D’Aire, Rapsódia em Technicolour (ou meu amor anda ver a minha colecção de slides), prefácio de Batista Bastos, Editorial Escritor, 1991.
Frequentou a Faculdade de Letras de Lisboa onde se licenciou e fez vários Seminários de Pós-Graduação, sempre na área da Literatura. Tem cerca de vinte volumes publicados e oito prémios literários. Realizou duas exposições de pintura individuais e colaborou em catorze exposições colectivas.
Aos 17 anos escreveu o primeiro livro - Rapsódia em Technicolor (ou meu amor anda ver a minha colecção de slides), rejeitado por trinta editoras, antes de ser premiado. Na opinião de alguns críticos, bem como da própria escritora, tratava-se de um texto muito adiantado para o seu tempo. A descobrir também Eu, Lourenço, andarilho da vida, um bildungsroman, compromisso entre conto histórico e livro de memórias, junção de que resulta uma obra insofismavelmente didáctica e exemplificadora da época Napoleónica, em que o herói Lourenço, picaresco e cheio de artimanhas, toma parte.
Eu e a maila minha senhora vieramos transanteontem da terra, inté demos lá lembranças suas à ti MariJaquina. O programa segue dentro de momentos. Segurem-me, vou passar o fim-de-semana com o Peter O’Toole! Ele namorou uma das pupilas do senhor reitor, tu namoriscaste as outras todas, que eu estou marreca de saber. Era um Rudolfo Valentino de colarinhos à raisteparta, muito cocabichinhos, é daqueles que chegaram a ser reis só com um olho, coitado, chegou todo torcido, todo chamuscado, mais parecia a madrinha, mas para comer ostras com limão, comigo ao desafio, é aquela máquina. Quem é esta avis-rara? Meia bola e força! Tenho feito umas coisas muito engraçadas com o meccano que me deste no Natal, só ainda não fiz um gato-sapato, como é que se faz? How kind of you to let me come! Viram-me nas abluções na terça-feira de pascoela? Não ligues, são as más línguas a meter o bedelho, são bocas da reacção. Singing in the rain – eram os galifões ainda em rodagem do David Mourão Ferreira. É o livro de memórias de Florence Nightingale, de forro já desbotado.
Teresa Castro D’Aire, Rapsódia em Technicolour (ou meu amor anda ver a minha colecção de slides), prefácio de Batista Bastos, Editorial Escritor, 1991.
1 comentário:
É mesmo original, nunca vi nada assim-é um pouco como o nosso pensamento disperso, à medida que vamos associando coisas, memórias.
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