16 abril 2009

Palavras Fechadas


Sopro breve
paisagem derradeira
tempo cego
voaram as tardes
L´image de la pleine mort
E tu existias
dentro de uma caixa fechada
clara e lisa
A morte quer-se estética
lavada
atroz mas digna

Vieram as flores e os abraços
os gestos costumeiros
a voz
os passos
sussurros

Fazem barulho
Há alguém
que chora
finalmente
Muito

3 comentários:

Paulo disse...

...e às vezes levamos tanto tempo a começar a chorar. Muito bonito, Clara.

Marta disse...

Lava a alma, o poema.
Simplesmente lindo.

Anónimo disse...

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